terça-feira, 5 de janeiro de 2010

India: Quem se importa??!?!



 Leia com atenção os trechos abaixos e diga pra si mesmo e pra Deus como você responderia essas perguntas.












- Que alvoroço é este? Por que tantas pessoas junto á aquele carro?




- Parece que eles irão falar de um deus diferente; respondeu seu companheiro, o qual também estava curioso para saber daquele ajuntamanto.



- Mas, será que há outros ídolos protetores além dos nossos? Ou, algum deus que se importa conosco?



Um terceiro retrucou em tom grosseiro:



- Vamos ver o que vai acontecer, talvez alguém nos ajude a nos livrar desta vida de miséria.



O silêncio era completo, mas as constantes mudanças faciais indicava seus sentimentos e suas compreenções no desenrolar do filme. Vi muita gente rindo silenciosamente, várias mulheres chorando, outras virando o rosto no momento da crucificação. As vezes o semblante era de surpresa, indignação, contrição, felicidade, esperança, e, e agora? Ainda sentados após o filme e no silêncio daquela multidão era como alguém gritanto em nossos ouvidos: E agora, o que precisamos fazer? O que esta história tem haver conosco?



No término da apresentação, R.  falou-lhes com muita graça e unção. Distribuimos novos testamentos em Hindi. Estavam presente em torno de 500 pessoas. Lentamente foi diluindo aquela multidão e novos questionamentos surgiram com alguns que ficaram e que buscavam respostas.



- Se tudo isto é verdade, porque ela ficou oculta por tanto tempo?



-Jesus não ficou oculto por todos estes anos, são vocês que nunca perguntaram por Ele; respondeu um dos nossos evangelistas, demonstrando zelo, sabedoria e querendo ser o fiel escudeiro da justiça de Deus.



Um daqueles aldeões visivelmente irritado rebateu:



- Como nós poderiamos perguntar por alguém que nunca vimos ou que nunca ouvimos falar?



No vácuo daquele silêncio, a lógica foi enaltecida. Então, outro arqueiro entosou seu arco e outra flexa entrou pelas juntas da nossa armadura:



- Você acha que nós iriamos permanecer como estamos se soubessemos de tudo isto?



Quando vi que nossos irmãos não tinha palavras para lhes responder, através de um interprete falei-lhes:



- Todos nós temos uma oportunidade na vida, este é o tempo de vocês.

Coitado dele!! É assim que todos iriam dizer ao ver-me alvejado por várias direções; notei que meu escudo era como um “tabuleiro de pirulito”:



- Eu tenho agora esta oportunidade, mas o que será dos meus parentes que moram em outras aldeias? Quem irá até eles? O que será dos meus parentes que morreram e nunca ouviram falar desta salvação, deste tal batismo e deste Jesus?

Finalmente deram o tiro de misericórdia:



- Se anunciar este evangellho é tão importante então porque vocês o omitiram de nós?



Confuso e perplexo com o rumo daquela conversa, atordoado ainda tive forças para dizer-lhes:



- Na verdade são poucos os que odebecem a ordem de ir e levar estas Boas Novas. Foram novamente rápido no gatilho:



- Mas parece que este Jesus tem muitos seguidores, vimos isto no filme.



Ao ouvir isto, levantei-me do pó e da cinza, removi meu pano de saco, e de forma altruísta e honesta lhes falei:



- "Realmente, somos muitos milhões espalhados pelo mundo; no Brasil há mais de 20 milhões; mas, são pouquissimos que se importam com vocês. Há grandes e bonitas construções na minha cidade, as quais o povo que fala minha lingua chama de "templos” ou “Igrejas"; tanto os grandes como os pequenos estão cheios. Há muitos lideres renomados entre meu povo que poderiam ser os primeiros para promover a felicidade eterna de muitos milhões nesta e em outras terras. Mas, tanto os grandes como os pequenos, estão muito ocupados com a evangelização de suas aldeias, concentrados em seus projetos de crescimento, seus ministérios “bem sucedido“, seus empregos eclésiasticos, muito dinheiro é investido nestes projetos e em suas cidades. Mas, não temos tido o zelo de cruzar a barreira da omissão e comodismo. Quero ainda dizer-lhes que Deus usará apenas os cinco pães e dois peixinhos para alimentar tão grande multidão".



*Confrontos como este, como são difíceis de ouvir e principalmente para responder. Se fossem escritos, teriamos um livro que poderiamos chamá-lo de “Lamentações dos Excluídos”, ou: "Omissão de Socorro", ou: "Deus proverá Salvação para Todos", ou: "Primeiro os da Minha Cidade", ou “Cada qual com o Seu Chamado”, ou “No Tempo de Deus eu Irei”, ou “Cada um por si e Deus para Todos”, ou “Ainda há Tempo para Eles”, ou “Ainda há Quatro Meses Para á Ceifa”, ou “O Clamor de Um Intercessor: Deus envia o Joaquim”.



- Apenas em Bihar são em torno de 82 milhões de almas em 32 mil aldeias e cidades.



- Em mais de 30 mil o evangelho ainda não chegou.



- Temos penetrado em apenas 120 aldeias.

(....)



* Esta história, descrita acima, é um apanhado de conversas que acontece pelas aldeias onde entramos.
*Texto retirado do email do missionário  Robson Oliveira- , e também autor do livro Índia-A fronteira dos sonhos.

Robson Oliveira
Bradesco

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